segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Devolva-me.

Por que jogastes fora todos os teus alucinados poemas?
Aqueles, que continham o fervor que era a tua revoltosa adolescencia, minha
amada mulher?
Pensastes que não irias sentir falta de todas aquelas tuas palavras agora perdidas em algum canto do mundo, do tempo ou do espaço?
Terias tu vergonha do que era tua alma, do que ela pedia ou o que ela almejava?
Não meu amor, ninguém perde um dom, esquece-o: esquecestes apenas.
Com tua prática voltarás a não ter mais vergonha de tuas adoraveis e talvez até ausadas palavras!
Não te assustes quando tuas palavras fluirem e não espere que te façam carinho no cocoruto dizendo-te como escreves bem ou que te adorem por escreveres tuas sentimentalidades exessivas. Não te preocupes, minha esquecida e prolixa escritora amada, com pessoas que não entendam uma criatividade ou uma arte achando que de alguma forma ou de outra te julgarão pelo que tu escreves a mim!
Não, não te prives de escrever tuas insanidades, tuas melancolias, tuas ousadas e tentadoras palavras de sexo também, por que não?
Sejá você no auje de tua inspiração, deichando jorrar de ti toda a tua historia inventada, deixa que tua mente tome conta de teus dedos e que eles revelem a imagem criada de dentro da tua alma para fora do teu ser, meu bem, escreva!
Escreva tudo, escreva sempre, qualquer coisa que te vier a mente.
Um dia verás, que são apenas palavras, transformadas em arte final.


Escreva-me, devolva-me tua poesia porque a mim pertencia!

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