segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Untouchables wounds (27 de setembro de 2009)

Pergunto-me se existe um lugar onde nossos - como dizer? - desejos mais profundos - é, talvez - seriam guardados por nós mesmos - inconscientemente - porque é INACREDITÁVEL a forma como quando conseguimos esquecer certas coisas, pessoas e situações e como que num passe de mágica ou uma aparição fantasmagórica, essas lembranças, essas recordações nos invadem completamente tirando o nosso fôlego; como se um furacão passasse por nós deixando um rastro de confusão psicológico-emocional!

É como se existisse um ser desconhecido dentro de nós que nos faz pensar e agir da forma que melhor nos convém.

Sabemos – ou não sabemos que sabemos – que quando temos algum tipo de ferida – seja qual for a origem – que não possa ser curada devemos de fato não tocá-las, então deixamos lá nesse tal “lugar” que talvez seja o subconsciente – ou não -.

Enfim, aprendemos – não sei como – a lidar com essas nossas vontades “irrealizáveis”; E, de alguma forma, conseguimos torná-las sonhos ou simplesmente os deixamos lá, incógnitas, apenas esperando o momento – certo errado ou involuntário – da explosão de nossos sentidos/sentimentos.

Pessoas, lugares, lembranças, tudo isso e mais um pouco acabam dificultando essa nossa tentativa – desesperada até – de esquecer de lembrar que temos uma vontade, um desejo, e talvez até um sonho a ser realizado, mas que por motivos próprios não seriamos capazes de realizá-los.

Crescemos e aprendemos que vivemos não em um mundo só nosso mas em um em que existem mil e outras pessoas e que não podemos forçar ninguém a fazer parte de nossas vidas, se não quiserem.
Vivemos em meio a uma sociedade e aprendemos a lidar não só com as pessoas que nos rodeiam mas também com os sentimentos delas – todo mundo tem – e porque não ao invéz de pensarmos tão somente em nós, não tratamos de pensar também no próximo?
Seria egoísmo demais pensarmos única e exclusivamente em nós mesmos.

O que tiver de ser: será. Independente dos sonhos que tivermos.

Não que isso nos impeça de lutar – é claro que lutaremos até o fim – mas, quando nos deparamos em um ponto que começa a depender não apenas das nossas escolhas mas das escolhas de outrem, bom, aí...

Aí, exatamente aí, nesse ponto, que ainda não aprendemos muito bem o que fazer e é por isso que de alguma forma – inconsciente – deixamos nossas expectativas em algum ponto “x”

Então por favor, para os que sabem das nossas feridas – intangíveis – tratem de não alimentá-las com ilusões tolas e toscas.
Deixem-nas lá, dormentes, adormecidas, que assim, será melhor para nós que vivemos a procura de viver um sonho bom.

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